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CONTINUA SENDO AGORA
esse blog começou aqui: https://eusouocritico.wordpress.com/

 

Escrevo agora para fazer circular uma idéia de REFORMA POLITICA, esta condição básica de retomada da cidadania pelo brasileiro.

Fiz um breve esboço que pode ser resumido no seguinte:

Baseado na sociedade conectada e em rede, os representantes do povo devem ser contratados pelo povo para tocar projetos previamente desenhados por nós!

Eu uso a palavra ‘contratados’ não sem ironia, afinal não é isso o que o capitalismo prega? Vamos hackear esse conceito e usar a nosso favor!

Reforma Política, algumas idéias

Os cidadãos se reúnem em grupos de trabalhos abertos em ambiente digital e/ou presencial e montam o projeto de governo em cada área. Estes cidadãos incluem além do cidadão comum interessado os especialistas em cada uma das áreas e os grupos mobilizados que tenham conhecimento de causa em cada área de ação dos problemas a serem enfrentados.

O voto final realizado nestes grupos após o longo processo de redação da proposta é sempre individual, secreto e do cidadão, não de grupos.

O projeto é não apenas conceitual sobre quais os rumos que a cidade/estado/país deve tomar mas também pragmático e com ações específicas.

A eleição serve pra contratar os políticos que irão executar este projeto.

Legislativo: vereadores, deputados e senadores:

O mandato é de 4 anos com um voto de renovação ou de rejeição decisivo ao meio do mandato. Caso perca a cadeira após os dois primeiros anos há nova eleição para aquela vaga.

Direito a uma reeleição, depois tem um período de trégua de 2 anos até poder se candidatar de novo. A idéia é que o político volte a ser povo, e não perca o contato com as ruas como acontece hoje.

Executivo:

4 anos com uma única reeleição e voto de renovação na metade do mandato.

Judiciário

Sei lá, mas tem que haver algum contato, alguma confirmação, alguma influência popular no único poder totalmente desconectado da vontade popular. No mínimo uma transparência radical das contas de todos os juízes já ajudava bastante.

(sei lá, só pensando alto por enquanto)

E gostaria de ouvir as opiniões de todos a respeito. Vamos fazer circular idéias novas, senão vai rolar apenas a MESMA VELHA POLITICA DE CONCHAVOS de sempre, vamos virar esse jogo!

ELES TRABALHAM PRA GENTE, e não o contrário!

Políticos tem que ter MEDO da gente. O tempo todo! Medo de perder o emprego, que nem a massa tem. Medo de rejeição. Medo da execração pública!

Quanto aos partidos, eles podem continuar iguais. São os projetos que irão modelar e dar a cara aos partidos. Quem sabe assim eles viram partidos de verdade, enfim.

ATENÇÃO: A Resenha crítica a seguir contém SPOILERS dos livros

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Comecei a ler este livro, a Tetralogia de Rudy Rucker, no meu celular antigo um Nokia N97 com leitor de ebook. No terceiro volume, Freeware, eu comprei um celular novo e continuei a leitura do mesmo livro em outro app, outro formato. Depois ganhei um Kindle e terminei finalmente de ler o livro no aparelho da Amazon. Nunca vi nem peguei algum exemplar desse livro impresso, minha leitura dele foi totalmente digital.

De certa maneira essas várias encarnações do mesmo livro em diversos aparelhos reproduzem a trajetória do personagem principal, Cobb Anderson que passa as muitas páginas da complexa aventura terráqueo-lunar-espacial vivendo sucessivamente em vários corpos com seu software originalmente humano atravessando inúmeras incorporações antes de se desmaterializar em ondas.

Cobb é um ser humano, depois um robô (um clone robótico de si mesmo) depois é guardado dentro de uma imensa inteligência artificial, explode a si mesmo, ocupa um corpo robótico provisório, tem seu software guardado em um s-cube por décadas, ressucita em um corpo plástico inteligente, os moldies, robôs de 2050, e depois perde totalmente seu corpo virando apenas vibração de ondas com a codificação do seu software. Este é um dos pontos da saga: o software, a escrita da informação. O software podendo ser atualizado em corpo é de certa maneira imortal. Seria o equivalente da idéia de alma, algo anterior e que sobrevive ao corpo, à encarnação. Pode ser reencarnado.

Mas e a consciência? É a pergunta que todo mundo faria. Um novo exemplar não vai ser outra pessoa, apenas com as suas memórias? De onde vem a consciência, afinal? E Rudy Rucker responde com espiritualidade. A consciência é a mesma. É só você dar start em um ser com as suas memórias que este ser acessará não você que é pequeno mas a consciência, que é única e imortal, advinda da Luz. A mesma que você acessa agora e eu também e todo mundo. (Aqui entra uma longa discussão) Parece conversa de maluco e é isso mesmo e ainda mais com uma gang que come cérebros humanos como se come o de macacos, robôs rebelados na Lua. E depois dizimados pelos humanos quando surge uma nova forma de robôs que herda a memória, o software, da anterior mas agora tem um corpo plástico e remodelável instantaneamente à sua vontade. Basicamente os robôs viram uma massa de modelar capazes em se transformar em qualquer coisa. Se você tem idade pra lembrar disso, um barbapapa. Mas no livro sãos os moldies: um robô feito de algas e fungos e plástico. E software. E o software de Cobb encarna pela última vez em um destes moldies. Mas a saga de Rudy Rucker investiga não os efeitos da mudança de corpos e de uma potencial imortalidade em um ser humano mas a evolução da parceria simbiótica do ser humano com a inteligência robótica que ele mesmo desenvolveu. O livro explora, além das drogas pros humanos e pros robôs, o sexo entre ambos de diversas maneiras. O robô aqui é a realização de qualquer desejo, o objeto ideal. Uma vez que o robô de plástico pode adquirir qualquer forma ele entra em simbiose com o desejo do humano e se torna o gênio da lâmpada, pode fazer qualquer coisa.

Cobb Anderson cometeu um crime logo no início do século XXI: deu aos robôs a capacidade de evoluir e ganhar livre arbítrio. Substituindo as três leis de Asimov por outras que permitem e até obrigam a evolução constante das IA ele libertou os seres artificiais tornando os robôs não escravos e sim parceiros e com vontade própria. No primeiro volume os robôs fabricam na Lua os clones do órgãos que os humanos precisam para aumentar suas vidas. Há uma cidade na Lua criada e habitada apenas por robôs. Cobb é o responsável indireto por tudo isso e envelhece miseravelmente na Terra até que o primeiro robô criado por Cobb resolve ofecerer a ele a ‘imortalidade’. O que ele não sabe é que há uma guerra entre os grandes computadores que querem clonar e controlar todas as outras IAs e os pequenos boppers que pretendem manter sua individualidade e liberdade. Cobb entra na guerra meio sem querer e seu épico tem início. Ao longo dos quatro volumes a saga acompanha as intensas aventuras de Cobb este velho cientista derrotado e alcóolatra a quem é dada a imortalidade. Stahn Mooney é o outro pilar do futuro narrado no livro. Um drogadicto, jovem motorista de táxi e filho de um policial que junto com seus descendentes e os de Cobb ao longo das centenas de páginas ajudam a transformar os robôs transformando também sua interação com os humanos neste épico que é originário da primeira safra do universo cyberpunk original.

E eu que nunca tinha ouvido falar em Rudy Rucker o conheci graças a um tweet de William @GrealDismal Gibson celebrando o relançamento da quadrilogia. O primeiro livro é de 1982 e o último do ano 2000. Nestes 18 anos Rucy Rucker criou uma saga perfeitamente possível para os próximos passos de nossa relação com os robôs explorando conceitos como liberdade, consciência, espiritualidade (e os robôs também têm uma religião), robôs, clonagem, biorobôs e drogas, muitas drogas e de todos os tipos. O livro é um delírio de alterações possíveis de consciência com inúmeras drogas humanas e robóticas e seres alucinando sobre a realidade. Atualmente é tentador, ao menos para mim, enxergar Cobb Anderson no recém contratato pelo Google, Ray Kurzweil. Ele certamente deve ser fã dessa saga que investiga a inevitável existência das inteligências artificiais em convivência conosco.

Mais sobre o livro e download em inglês More about the book & for donwload PDF http://www.rudyrucker.com/wares/

  • 10 de dez. de 2012

A Toyart Parade é uma iniciativa solitária de espalhar no dia 15 de dezembro 39 inúmeros toyarts feitos de origami pelo espaço público de São Paulo.

Será finalmente realizada durante o Festival Anhangabaú da Feliz Cidade

Baixo Centro, porque no Baixo Centro estava meio chovendo…

Não, não está inscrita no site do festival, eu tive a idéia depois.

O s toyarts são criações exclusivas do artista Daniel Seda.


Pequeno toyart feito de origami pendurado em uma árvore no Parque da Luz

Veja aqui alguns dos toyarts de papel que serão pendurados por aí, no espaço público.

A Toyart Parade acontece sem nenhum recurso. , e o número de toyarts a serem espalhadas é o número de anos de vida que o artista completa no dia 15

A inspiração é o grafite, a pixação, o uso não autorizado do espaço público a fim de promover a fruição estética e o pensamento crítico.

A Toyart Parade é o uso do pequeno espaço público, do detalhe na cidade.

O objetivo é expôr escultura na cidade ao ar livre agora como arte urbana: sem compromissos, sem galerias, sem permissão.

C ontra o tamanho imenso da metrópole, a pequena epifania das calçadas.

M icro epifania: uma esculturinha móbile suspensa e girando com o vento numa árvore de passagem na calçada.

U ma esculturinha invasora que pode ser facilmente capturada e retirada do espaço público, desviada para dentro de casa.

O espaço público se oferecendo ao espaço privado em um movimento inverso ao dominante em nossa época, onde o espaço público parasita a vida privada.

A Toyart Parade é a utopia de um espaço público que se ofereça gratuitamente para a fruição do público.


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